Pro lado que você se virar hoje na blogosfera brasileira, e também na mídia tradicional, vai deparar-se com alguém escrevendo algo sobre o jogo de ontem entre Flamengo e Botafogo pela final da Taça Guanabara.
Se por acaso você não se liga em futebol ou passou o final do domingo e o início da segunda-feira em uma excursão até Marte, informo: o Flamengo venceu por 2X1, de virada, com um gol nos descontos. Mas o que chamou realmente a atenção na partida foi a arbitragem e a reação pós-jogo do elenco, comissão técnica e diretoria do Botafogo.
A arbitragem, como é dolorosamente normal, foi infeliz, para dizer o mínimo. Confusa, sem critério, medrosa, e por aí vai. Dá para chamar de parcial e mal-intencionada? Não sei, talvez. Mas que deixou motivos para muitos pensem assim, isso deixou! E aí veio a reação botafoguense. Reunidos na sala de imprensa, e em rede nacional, o elenco, os dirigentes e a comissão técnica eram um choro só, literalmente. Todos acusaram o árbitro de ter influído decisivamente no resultado, e de ser parte de um a continuada tendência de prejudicar o alvinegro carioca.
Antes de qualquer coisa acho que a arbitragem, como um todo, prejudicou o Botafogo. Em um jogo que vinha equilibrado, e até com o Botafogo melhor no primeiro tempo, as expulsões podem ter influenciado o resultado. Nem tanto o pênalti, duvidoso mas que muitos (talvez a maioria) marcariam.
Porém, a reação posterior foi claramente exagerada, claramente reflexo de uma direção exageradamente passional, como bem atestam episódios anteriores. Por exemplo, lembram da semana seguinte á eliminação da Libertadores no ano passado? A diretoria rebaixou o elenco a substrato de coisa nenhuma... Falta na diretoria botafoguense alguém que saiba controlar as emoções mesmo nos piores momentos, que coloque tudo sob a devida perspectiva e toque o barco adiante.
Isso significa calar frente aos erros, intencionais ou não? De forma alguma. Em qualquer lugar, e especialmente no Brasil, quem cala consente. Nosso futebol vem perdendo parte do seu encanto e de sua atração junto às novas gerações exatamente pelas ações de cartolas safados e de árbitros incapazes, manipulados ou medrosos.
O que distingue o caso do Botafogo é que a equipe não pode se arvorar do monopólio da perseguição. Basta verificar o histórico das últimas décadas, senão vejamos:
- No jogo que deu o título ao Botafogo em 1989, após 21 anos na fila, Maurício, autor do gol decisivo, empurrou claramente o zagueiro do Flamengo antes de tocar na bola.
- Na decisão do Brasileiro de 1995, o tristemente famoso árbitro Márcio Rezende de Freitas anulou um gol normal do Santos. Resultado: Botafogo campeão.
- Na decisão da Taça Guanabara de 2006, o juiz prejudicou claramente o América, deixando de marcar um pênalti escandaloso. Resultado: Botafogo campeão.
- Nas quartas de final da Copa do Brasil 2007, o Atlético Mineiro foi garfado pelo Carlos Eugênio Simon, que não marcou um pênalti claro no final do do jogo. O Botafogo classificou-se para as semifinais, onde dançou para o Figueirense, e acusou a bandeirinha Ana Paula Oliveira de prejudicá-lo. Porém, a TV mostrou que a bandeira não errou.
Resumindo, o vento que venta lá também venta cá...
Se por acaso você não se liga em futebol ou passou o final do domingo e o início da segunda-feira em uma excursão até Marte, informo: o Flamengo venceu por 2X1, de virada, com um gol nos descontos. Mas o que chamou realmente a atenção na partida foi a arbitragem e a reação pós-jogo do elenco, comissão técnica e diretoria do Botafogo.
A arbitragem, como é dolorosamente normal, foi infeliz, para dizer o mínimo. Confusa, sem critério, medrosa, e por aí vai. Dá para chamar de parcial e mal-intencionada? Não sei, talvez. Mas que deixou motivos para muitos pensem assim, isso deixou! E aí veio a reação botafoguense. Reunidos na sala de imprensa, e em rede nacional, o elenco, os dirigentes e a comissão técnica eram um choro só, literalmente. Todos acusaram o árbitro de ter influído decisivamente no resultado, e de ser parte de um a continuada tendência de prejudicar o alvinegro carioca.
Antes de qualquer coisa acho que a arbitragem, como um todo, prejudicou o Botafogo. Em um jogo que vinha equilibrado, e até com o Botafogo melhor no primeiro tempo, as expulsões podem ter influenciado o resultado. Nem tanto o pênalti, duvidoso mas que muitos (talvez a maioria) marcariam.
Porém, a reação posterior foi claramente exagerada, claramente reflexo de uma direção exageradamente passional, como bem atestam episódios anteriores. Por exemplo, lembram da semana seguinte á eliminação da Libertadores no ano passado? A diretoria rebaixou o elenco a substrato de coisa nenhuma... Falta na diretoria botafoguense alguém que saiba controlar as emoções mesmo nos piores momentos, que coloque tudo sob a devida perspectiva e toque o barco adiante.
Isso significa calar frente aos erros, intencionais ou não? De forma alguma. Em qualquer lugar, e especialmente no Brasil, quem cala consente. Nosso futebol vem perdendo parte do seu encanto e de sua atração junto às novas gerações exatamente pelas ações de cartolas safados e de árbitros incapazes, manipulados ou medrosos.
O que distingue o caso do Botafogo é que a equipe não pode se arvorar do monopólio da perseguição. Basta verificar o histórico das últimas décadas, senão vejamos:
- No jogo que deu o título ao Botafogo em 1989, após 21 anos na fila, Maurício, autor do gol decisivo, empurrou claramente o zagueiro do Flamengo antes de tocar na bola.
- Na decisão do Brasileiro de 1995, o tristemente famoso árbitro Márcio Rezende de Freitas anulou um gol normal do Santos. Resultado: Botafogo campeão.
- Na decisão da Taça Guanabara de 2006, o juiz prejudicou claramente o América, deixando de marcar um pênalti escandaloso. Resultado: Botafogo campeão.
- Nas quartas de final da Copa do Brasil 2007, o Atlético Mineiro foi garfado pelo Carlos Eugênio Simon, que não marcou um pênalti claro no final do do jogo. O Botafogo classificou-se para as semifinais, onde dançou para o Figueirense, e acusou a bandeirinha Ana Paula Oliveira de prejudicá-lo. Porém, a TV mostrou que a bandeira não errou.
Resumindo, o vento que venta lá também venta cá...
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