23 de julho de 2009

Links no meio das férias

Continuo tentando curtir minhas mirradas férias, mas para não perder o costume aqui vão os links de alguma coisas interessantes que vi ultimamente:

- Rafael Galvão diagnostica o mal que aflige os tucanos;

- Vende-se no Mercado Livre um presidente de clube de futebol (o meu, por acaso);

- A propaganda e a realidade na Palestina ocupada;



(Voltamos daqui a 10 dias, OK? Going to the waves...)

18 de julho de 2009

Fala um poeta basco

NIRE AITAREN ETXEA
Gabriel Aresti, 1963

Nire aitaren etxea
defendituko dut.
Otsoen kontra,
sikatearen kontra,
lukurreriaren kontra,
justiziaren kontra,
defenditu
eginen dut
nire aitaren etxea.
Galduko ditut
aziendak,
soloak,
pinudiak;
galduko ditut
korrituak,
errentak,
interesak,
baina nire aitaren etxea defendituko dut.
Harmak kenduko dizkidate,
eta eskuarekin defendituko dut
nire aitaren etxea;
eskuak ebakiko dizkidate,
eta besoarekin defendituko dut
nire aitaren etxea;
besorik gabe,
sorbaldik gabe,
bularrik gabe
utziko naute,
eta arimarekin defendituko dut
nire aitaren etxea.
Ni hilen naiz,
nire arima galduko da,
nire askazia galduko da,
baina nire aitaren etxeak
iraunen du
zutik.



A CASA DE MEU PAI
Gabriel Aresti, 1963
trad. Fábio Aristimunho


Defenderei
a casa de meu pai.
Contra os lobos,
contra a seca,
contra a usura,
contra a justiça,
defenderei
a casa de meu pai.
Perderei
o gado,
as plantações,
os pinheirais;
perderei
os juros,
as rendas,
os dividendos,
mas defenderei a casa de meu pai.
Me tirarão as armas
e com as mãos defenderei
a casa de meu pai;
me cortarão as mãos
e com os braços defenderei
a casa de meu pai;
me deixarão
sem braços,
sem ombros
e sem peitos,
e com a alma defenderei
a casa de meu pai.
Morrerei,
a minha alma se perderá,
a minha prole se perderá,
mas a casa de meu pai
permanecerá
em pé.



(Este post, um do que sairão em minhas mirradas férias, é descaradamente inspirado em um brilhante amigo, com quem compartilho diversos ideais.)


13 de julho de 2009

Nas profundezas do rock brasileiro

No Dia Mundial do Rock, um mergulho nas profundezas do rock nacional dos anos 70.

Com vocês, Casa das Máquinas.


7 de julho de 2009

Constituinte exclusiva para a Reforma Política

Anteriormente, neste (aqui e aqui) e em outros espaços, eu já havia expressado minha opinião favorável a realização de uma Reforma Política através de uma Assembleia Constituinte exclusiva e restrita, ou seja, uma que trata-se apenas desse assunto e fosse eleita exclusivamente para esse fim, e não fosse formada por deputados e senadores.

Pois bem, eis que o Deputado Marco Maia (PT-RS) apresentou a Proposta de Emenda Constitucional nº 384/2009, que, em linhas gerais, atende ao que foi descrito acima.

Em resumo, a proposta, que recebeu a assinatura de 317 parlamentares, determina que, concomitantemente com as eleições gerais do próximo ano, sejam eleitos 180 parlamentares constituintes para promover a revisão dos dispositivos constitucionais relativos ao regime de representação política.

Mesmo sabendo que uma proposta como essa terá um intenso debate e sofrerá inevitáveis aperfeiçoamentos, gostaria desde já de levantar alguns pontos que me parecem relevantes:

- A quantidade de constituintes por estado ser determinada proporcionalmente à população é algo correto. E a designação de um número mínimo por estado é uma boa medida para evitar choques intra-federativos. Porém considero o piso de 4 vagas por estado previsto no projeto muito elevado. Se for levado adiante, fará com que os 15 menores estados, que detém cerca de 18% da população do país, fiquem com 33,3% do total de vagas.

Sugestão: o número mínimo poderia ser de 3 parlamentares constituintes por estado, o que faria com estes mesmos 15 estados ficassem com 25% das vagas. Ou então um mínimo de 2 vagas por estado, com o total de cadeiras sendo reduzido para 150.

- O projeto prevê a composição das bancadas de cada estado proporcionalmente aos votos de cada partido. Considero que, dada a relevância do assunto a norma não é adequada. Muitos cidadãos que teriam muito a oferecer às discussões não são nem pretendem ser filiados a partidos políticos.

Sugestão: Deveriam ser permitidas candidaturas avulsas, sem vinculação partidária, e a composição das bancadas seria feita por votação majoritária, isto é, os mais votados estariam eleitos, independentemente de partidos. Nesse caso, a redução para 150 cadeira na Assembleia seria desejável. Além disso, a reserva de um percentual de vagas para candidatas mulheres é algo que poderia ser discutido.

- Outro bom ponto do projeto fala que os candidatos à Assembleia Constituinte Revisional não poderão se candidatar a outros cargos eletivos em 2010. Medida necessária, mas não suficiente, na minha visão.

Sugestão: Os cidadão eleitos para a Assembleia Revisional ficariam impedidos de se candidatar ou assumir qualquer cargo público, em qualquer dos poderes, seja por eleição seja por nomeação, por um período após a conclusão dos trabalhos, período esse que poderia ser de 2, 3 ou 4 anos.


Para terminar: este espaço, a partir de agora, dará total apoio a proposta do Dep. Marco Maia, a qual é com certeza um ótimo instrumento para fazer avançar a discussão sobre o assunto.

Até porque a atual estrutura de representação política do país está totalmente carcomida (nem preciso entrar em detalhes...) e não atende mais a realidade sócio-política do Brasil

5 de julho de 2009

Exemplarmente didático

Reproduzo o último tópico da coluna do Alon Feuerwerker no Correio Braziliense de hoje, que foi postada também no Blog do Alon:


Meu aparelho querido

A Executiva Nacional do PSDB prorrogou o próprio mandato e deu a si poderes para intervir em qualquer diretório estadual. Deu também ao presidente do partido, Sérgio Guerra, o poder de estender mandatos de diretórios regionais “nos casos em que julgar conveniente”. Como se sabe, o PSDB é um partido de fortes convicções democráticas, permanentemente alerta contra o risco do "chavismo".


A quem interessar possa: concordo também com o restante da coluna.

1 de julho de 2009

O Brasil visto por um paulistano...




(Dica dada por uma conterrânea que mora no interior de São Paulo, para este escriba, que já morou em Sampa. Não é novidade, mas...)