25 de junho de 2009

Star Forever: Farrah Fawcett



Depois de uma longa luta contra um câncer, faleceu hoje a atriz Farrah Fawcett.

Ela ultrapassou a figura de uma simples atriz e se tornou um fenômeno de cultura popular ao estrelar em 1976 a série de TV Charlie's Angels (no Brasil As Panteras).

Para aqueles da minha geração, adolescentes na segunda metade dos anos 70, poucas mulheres foram tão amadas e encarnaram tão bem a surrada expressão sex-symbol.

Estamos todos um pouco órfãos.


***

Michael Jackson também morreu hoje.

Baita conjunção planetária, diriam alguns...

21 de junho de 2009

Contra qualquer ditadura

Não que precisasse explicitar (quem acompanha este blog sabe disso muito bem), mas há momentos em que é bom deixar certas coisas bem claras:


Este sempre será, sem exceções, um espaço à serviço da luta contra QUALQUER ditadura, tenha ela a motivação e a ideologia que tiver. Da mesma forma, apoiará sempre a independência e auto-determinação de todos os povos, e será crítico às presenças militares estrangeiras (salvo casos muito excepcionais, que não se choquem com os preceitos acima).


Minha absoluta solidariedade ao povo do Irã, e minha homenagem aos que tombaram na luta dos iranianos pela liberdade.

Neda vive.


E para que ninguém perca de vista as raízes deste posicionamento, ...



18 de junho de 2009

15 de junho de 2009

Atravessando o deserto

Como os 1,8 leitores deste despretensioso espaço podem ter notado, estamos atravessando (mais) uma fase de extrema escassez nas atualizações. Juro que não é (apenas) preguiça deste arremedo de escriba. Na realidade, deve ser uma daquelas "conjunções astrais" onde tudo parece conspirar contra, mesmo que em doses aparentemente irrelevantes.

Se tudo correr no rumo que deve, em breve voltaremos à nossa programação normal (???)...

Para não passar totalmente batido, vão aí uns pitacos em formato ultra-sintético:

- Irã: Se isso não é um golpe...
- Oriente Médio: Netanyahu vai mesmo enrolar Obama?
- Senado: Hora de encararmos o unicameralismo.
- AF 447: Confiança excessiva na tecnologia pode cobrar um preço...

5 de junho de 2009

Retrato 3X4 do ruralismo cego

Eis um trecho do pronunciamento feito ontem (dia 4) pelo Senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) na tribuna do Senado, em comemoração à aprovação da Medida Provisória 458/09, que trata da regularização de terras da União ocupadas na Amazônia Legal (links para a íntegra do discurso, em texto, áudio ou vídeo, podem ser encontrados aqui. Recomendo vigorosamente).


"É por isso que nós queremos fazer, sem xenofobismo interno, um diagnóstico real da Amazônia. E tenho o prazer de, tendo sido eleito Presidente da Subcomissão da Amazônia e da Faixa de Fronteira, fazermos esse trabalho, sem negócio de ideologia, sem partidarismo, sem paixões, sem religião, mas com ciência, um diagnóstico que beneficie as pessoas em primeiro lugar, o meio ambiente em segundo lugar, e os bichos em terceiro lugar.

Agora, é um absurdo, Senador Gilberto, que o nosso dinheiro... Pode ver. Você pode pegar, você que está me ouvindo e que está assistindo a esta sessão. Pegue uma nota de um real, de dois, de cinco, de dez, de cinquenta, de vinte, de cem. O que tem nelas? Só bicho, é só animal, não tem um ser humano, um vulto histórico! O Brasil não tem história nas suas cédulas. Pegue as cédulas de dinheiro de qualquer outro país e veja se isso existe. Isso não existe. Isso é o resultado de um ecoterrorismo de que o Brasil vem sendo vítima e que vem assimilando e reproduzindo."


Em vista disso, meus amigos, apenas uma pergunta: com qual ente da natureza devemos comparar o Excelentíssimo Senador?

3 de junho de 2009

Desabafo de um pai estarrecido

Quem está empunhando o teclado neste momento é, antes de tudo, um pai. Daqueles profundamente apegados a proximidade física dos filhos, todos os três. Sei que não será para sempre, e dessa forma os tenho criado para desde cedo não dependerem totalmente dos pais. E acho que tenho conseguido.

Este pai sempre foi e sempre será totalmente solidário a outros pais na suas lutas para não terem seus direitos paternos restringidos, quase sem excessão, por quaisquer razões.

Me dói ver casos em que decisões judiciais tolhem severamente o convívio entre pais e filhos após a separação entre os cônjuges. Da mesma forma, me revoltam casos em que, apesar das decisões judiciais não serem draconianas, as ex-parceiras fazem de tudo para dificultar o acesso dos pais aos seus filhos.

Mas sem dúvida o pior tipo de problema é aquele que aparece quando, estando separados os pais, a mãe falece e, ao invés dos filhos voltarem imediatamente para o convívio paterno, a família materna tenta impedir tal ato.

E se, em acréscimo ao acima descrito, juntarem-se injuções políticas de qualquer ordem, então estamos no pior dos mundos.

Lembram-se do caso do menino Elian, que os parentes maternos tentaram manter em Miami, apesar de o pai cubano muito justamente pedir seu retorno à ilha caribenha? Recordem-se do verdadeiro carnaval que as lideranças anti-castristas da Flórida fizeram, mas que no final não deu em nada, pois o governo americano, com todos os problemas que tinha ( e tem) com Cuba naõ deixou de cumprir a decisão judicial final de entregar o menino ao pai.

Bem, agora temos próximo de nós um caso semelhante, e sob alguns aspectos, pior.

Resumo da história: a brasileira Bruna Bianchi e o americano David Goldman se conheceram nos Estados Unidos, casaram-se e viveram em New Jersey, onde nasceu o menino Sean, hoje com 9 anos. Tudo ia bem até 2004, quando Bruna viajou para passar férias com o menino e nunca mais voltou.

Tempos depois, já separada de David, Bruna casou com o brasileiro João Paulo Lins e Silva (atentem para esse sobrenome...), engravidou dele, mas veio a falecer em agosto de 2008 no parto de sua segunda filha.

Desde então, David, que já na separação havia lutado para manter contato com o filho, tenta fazer com que seus direitos paternos sejam respeitados e, dessa forma, que seu lhe seja entregue. Porém, o padrasto vem lutando na justiça para manter a guarda do menino.

Nesta última segunda-feira, dia 1º, o juiz da 16ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou que Sean fosse entregue a seu pai no prazo de 48 horas.

Perfeito.

Porém ontem, dia 2, mais uma vez um ministro do Supremo Tribunal Federal tomou uma daquelas decisões que podem ser chamadas de esdrúxulas.

O ministro Marco Aurélio Mello, fiel ao seu retrospecto de decisões controversas (foi ele que mandou soltar o banqueiro Salvatorre Cacciola, que posteriormente fugiu para a Itália), e atendendo a um pedido do Partido Popular, suspendeu a determinação da Justiça Federal carioca.

Antes de mais nada, o que é que um partido político tem que se meter numa questão entre duas pessoas físicas (o pai e o padrasto)? Ainda mais o PP, o partido do Maluf, lembram-se?

Além disso, o Sr. Juiz Federal Rafael Pereira Pinto foi profundamente cuidadoso na sentença, gastando mais de oitenta páginas para demolir os argumentos do padrasto e sua família.

Aí chega o ministro Mello e dá um despacho de próprio punho no processo e suspende tudo.

Caramba, em que país vivemos? Até o mais iletrado de nossos cidadãos sabe que o lugar de uma criança é com um de seus pais. Se apenas um deles está vivo, e não há nada em sua conduta que o desabone, então não há o que discutir. Límpido e claro. O fato do pai ser estrangeiro não significa nada.

Aí chega um padrasto, e amparado em um sobrenome de peso na justiça nacional, e tenta subverter a ordem natural.

E para piorar aparece um ministro do STF (aliás, lembrem-se de quem elle é primo...) disposto, como a maioria de seus pares, apenas a jogar para a platéia.

Desculpem-me a veemência, mas certas coisas não podem ser tratadas com luva de pelica.

Este pai aqui deseja reiterar sua total e irrestrita solidariedade com o Sr. Goldman, e torce para que ele recupere sem demora a guarda de seu filho.



(Como os mais atentos puderam notar, venho negligenciando um pouco as postagens neste espaço. É só uma fase complicada. Vai passar...)