A semana começa ainda sob o impacto do acidente no metrô em São Paulo. Foi muito educativo assistir as entrevistas das autoridades paulistas sobre o assunto, com todas elas tentando jogar a culpa, mesmo implicitamente, em uma fatalidade. Discurso muito bem ensaiado, sempre terminando mais ou menos com: "Vamos aguardar a avaliação técnica do IPT. Não podemos fazer conjecturas a respeito...".
Tá certo, a palavra final será do laudo, mas era visível a montagem de um cordão de isolamento para proteger tanto a Cia. do Metrô quanto às construtoras encarregadas das obras. Quando operários denunciaram que o problema havia dado seus primeiros sinais na véspera (rachaduras), logo os responsáveis (??) vieram a público argumentar que "foram tomadas todas as medidas para sanar aqueles problemas, que não implicavam necessariamente em algo mais sério...".
O palco está armado para NINGUÉM ser responsabilizado pelo acidente. Bem, se chegarmos a isso será de uma crueldade atroz. Ora, todas as decisões sobre a obra (percurso, modo de construção, parâmetros de segurança, etc.) foram tomadas por pessoas, não por máquinas nem pela Divina Providência. Fazer a obra daquela forma, naquele tipo de terreno, e nas condições climáticas de São Paulo, especialmente nesta época do ano, tudo isso foi decidido por alguém. Os técnicos não podem alegar que não conheciam os riscos.
Além disso, pouco antes do acidente, quando já estava claro que algo sério podia acontecer, os operários deixaram a obra. Por isso nenhum deles acidentou-se. Por que não houve pelo menos a tentativa de isolar as ruas próximas e assim evitar a ocorrência de vítimas ?
Sei que qualquer obra de engenharia envolve certos riscos. Acidentes acontecem no mundo todo. Mas por aí afora aparecem os responsáveis e eles enfrentam as consequências. Aqui no Brasil, sabe-se lá quantos operários morreram em Itaipu e na Ponte Rio-Niterói, só para ficar em dois exemplos. E olha que em exemplos. E olha que em nenhum desses locais aconteceram acidentes "espetaculares".
Vamos aguardar qual vai ser o desfecho. Esperamos que não fique tudo por isso mesmo...
Tá certo, a palavra final será do laudo, mas era visível a montagem de um cordão de isolamento para proteger tanto a Cia. do Metrô quanto às construtoras encarregadas das obras. Quando operários denunciaram que o problema havia dado seus primeiros sinais na véspera (rachaduras), logo os responsáveis (??) vieram a público argumentar que "foram tomadas todas as medidas para sanar aqueles problemas, que não implicavam necessariamente em algo mais sério...".
O palco está armado para NINGUÉM ser responsabilizado pelo acidente. Bem, se chegarmos a isso será de uma crueldade atroz. Ora, todas as decisões sobre a obra (percurso, modo de construção, parâmetros de segurança, etc.) foram tomadas por pessoas, não por máquinas nem pela Divina Providência. Fazer a obra daquela forma, naquele tipo de terreno, e nas condições climáticas de São Paulo, especialmente nesta época do ano, tudo isso foi decidido por alguém. Os técnicos não podem alegar que não conheciam os riscos.
Além disso, pouco antes do acidente, quando já estava claro que algo sério podia acontecer, os operários deixaram a obra. Por isso nenhum deles acidentou-se. Por que não houve pelo menos a tentativa de isolar as ruas próximas e assim evitar a ocorrência de vítimas ?
Sei que qualquer obra de engenharia envolve certos riscos. Acidentes acontecem no mundo todo. Mas por aí afora aparecem os responsáveis e eles enfrentam as consequências. Aqui no Brasil, sabe-se lá quantos operários morreram em Itaipu e na Ponte Rio-Niterói, só para ficar em dois exemplos. E olha que em exemplos. E olha que em nenhum desses locais aconteceram acidentes "espetaculares".
Vamos aguardar qual vai ser o desfecho. Esperamos que não fique tudo por isso mesmo...
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