Já faz alguns dias estava me coçando para tocar no assunto Joaquim Roriz. E exatamente por que?
Porque, como o título deste post insinua, eu vi o início dessa tragicomédia dos absurdos.
Por um desses acasos, eu passava, por obrigação profissional, uma temporada de dois anos e meio em Brasília que abrangeu a nomeação do Roriz como governador do Distrito Federal pelo Sarney e sua eleição em 1990 para o mesmo cargo.
Eu presenciei a gestação e a implementação da política ultra-fisiológica e demagógica que propiciou a vitória esmagadora naquelas eleições e nas seguintes em que ele se candidatou. Vi nascer Samambaia, uma cidade-satélite formada quase totalmente por uma multidão de migrantes atraídos pela oferta de lotes, e que se transformaria, junto com outras do mesmo naipe, no curralzão eleitoral de Roriz, subjugando a tradição oposicionista do eleitorado do Plano Piloto e das cidades-satélites mais antigas.
Durante todos esses quase 20 anos, todo tipo de negociata foi realizada para beneficiar o grupo que circundava o "coronel" Roriz. O planejamento da capital federal foi subvertido inúmeras vezes para que o grupelho enchesse os bolsos. A imprensa foi silenciada, por cooptação ou por ameaças econômicas. Tudo acontecendo nas barbas dos poderes da República, que nada fizeram ou não conseguiram fazer.
O homem parecia ter sete vidas. Várias vezes pareceu ter chegado seu fim político, por obra de processos que enfrentou, os quais tinham provas robustas contra ele. Nunca deu em nada.
Agora, mais uma vez, Roriz é pego em situação muito comprometedora. Foi obrigado a renunciar ao cargo de Senador para evitar um processo de cassação com perda de direitos políticos. Será que, finalmente, estamos assistindo à derrocada de um dos mais flagrantes e despudorados corruptos que já conhecemos ?
Meninos, tomara que sim. Mas só acredito vendo.
P.S. O título desse post foi inspirado pelo início de um recente do Idelber sobre o apagão aéreo. Mas aqui a safadeza é de outra ordem.
Porque, como o título deste post insinua, eu vi o início dessa tragicomédia dos absurdos.
Por um desses acasos, eu passava, por obrigação profissional, uma temporada de dois anos e meio em Brasília que abrangeu a nomeação do Roriz como governador do Distrito Federal pelo Sarney e sua eleição em 1990 para o mesmo cargo.
Eu presenciei a gestação e a implementação da política ultra-fisiológica e demagógica que propiciou a vitória esmagadora naquelas eleições e nas seguintes em que ele se candidatou. Vi nascer Samambaia, uma cidade-satélite formada quase totalmente por uma multidão de migrantes atraídos pela oferta de lotes, e que se transformaria, junto com outras do mesmo naipe, no curralzão eleitoral de Roriz, subjugando a tradição oposicionista do eleitorado do Plano Piloto e das cidades-satélites mais antigas.
Durante todos esses quase 20 anos, todo tipo de negociata foi realizada para beneficiar o grupo que circundava o "coronel" Roriz. O planejamento da capital federal foi subvertido inúmeras vezes para que o grupelho enchesse os bolsos. A imprensa foi silenciada, por cooptação ou por ameaças econômicas. Tudo acontecendo nas barbas dos poderes da República, que nada fizeram ou não conseguiram fazer.
O homem parecia ter sete vidas. Várias vezes pareceu ter chegado seu fim político, por obra de processos que enfrentou, os quais tinham provas robustas contra ele. Nunca deu em nada.
Agora, mais uma vez, Roriz é pego em situação muito comprometedora. Foi obrigado a renunciar ao cargo de Senador para evitar um processo de cassação com perda de direitos políticos. Será que, finalmente, estamos assistindo à derrocada de um dos mais flagrantes e despudorados corruptos que já conhecemos ?
Meninos, tomara que sim. Mas só acredito vendo.
P.S. O título desse post foi inspirado pelo início de um recente do Idelber sobre o apagão aéreo. Mas aqui a safadeza é de outra ordem.
2 comentários:
Olá Luiz,
Eu também torço para que seja o fim do Roriz. Mas do jeito que ele ri, fico com um pé atrás.
E tem mais, eles são como baratas, agente mata um monte com um tipo de veneno, e passado algum tempo, aparecem novos insetos, imunes àquele veneno ;>)
Abraços
Candido,
Até concordo com você na comparação com as baratas (sob todos os aspectos).
E, até por isso, temos que continuar lutando para exterminá-los. Já pensou o que aconteceria se TODOS nós deixassemos de matar baratas por uns poucos dias? Elas inexoravelmente nos sobrepujariam.
Talvez seja isso mesmo que eles querem ...
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