20 de julho de 2007

Para não perder a mania

Estou, desde a última segunda-feira, tentando aproveitar da melhor maneira possível os 20 dias de férias aos quais, incrivelmente, tenho direito. Aproveitar significa, dentre outras coisas, dar uma maneirada no computador e, por tabela, neste blog. A família e a rede (de dormir) têm prioridade.

Entretanto, o mundo não para, e me vejo compelido a comentar brevemente alguns assuntos:

- Acidente em Guarulhos: Investigar, investigar e investigar. Até o fim, doa a quem doer. Esse mantra precisa ser repetido até a exaustão pelas autoridades. Mas, de longe, dá para suspeitar que a responsabilidade vai ser majoritariamente do governo. Por qualquer ângulo que se olhe (reforma atrasada da pista, utilização excessiva e desordenada de Congonhas, inação frente aos "desejos" das empresas aéreas, corte nos investimento aeroportuários, falta de capacidade de reação, etc. etc. etc.), esse governo falhou. É hora de tomar outro rumo e dar uma resposta adequada à nação. E chega de vacilações.

- Morte de ACM: Ele representava quase tudo contra o que eu sempre me opus. Conservadorismo regado à truculência, clientelismo e corrupção. Como nordestino, esse coquetel me parecia especialmente amargo por sintetizar vários outros "coronéis" que infelicitavam (alguns ainda infelicitam) o nosso povo. Mas, e sempre existe um mas, o mundo não é só preto ou branco. Os anos nos ajudam a ver que maniqueísmos de qualquer espécie não se sustentam. Até ACM têm em sua história atos bastante respeitáveis. O Alon citou um deles, passado na recriação da UNE em 1979. Pra terminar, nunca pensei que diria isso: Descanse em paz.

- Time do Dunga: Agora que a poeira já baixou um pouco, resta torcer para que o título da Copa América não acabe sendo um mal terrível para o futebol brasileiro, mascarando seus problemas e suas fraquezas, e que o Dunga não se aferre a concepções totalmente equivocadas e que podem levar a um novo período de trevas. Uma nova "Era Dunga", com o pior das eras Lazaroni e Parreira. Nessas horas, quem diria, até o Felipão seria um avanço.

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