29 de abril de 2008

Efeito colateral

Como eu já disse antes, essa história da menina Isabella não me atrai de jeito nenhum. Especialmente a cobertura tipo circo dos horrores que a mídia (aquela, a de sempre) está fazendo. Entretanto, essa noite eu me flagrei matutando sobre o caso, especificamente sobre um aspecto pouco tratado até agora.

Nesse caso todo, a vítima mais óbvia, além de Isabella, é sua mãe. Ela teve tirada de si, e de maneira traumática, sua filha única, algo que está entre os piores tipos de sofrimento que consigo imaginar. Entretanto, ela parece ser uma pessoa bem equilibrada, com o apoio da família, e tem tudo para, daqui a algum tempo, retomar a vida (quase) normal.

Porém, infelizmente, ela não é a única a sofrer com muita força os efeitos colaterais da tragédia. O que chamou a minha atenção é como ficará daqui em diante a vida de duas crianças pequenas, de 1 e 3 anos, os filhos do casal suspeito de ter cometido o crime.

Pense por um instante: como ficará a vida dessas duas crianças se por acaso as suspeitas da polícia se confirmarem e seus pais forem condenados por terem assassinado sua querida irmãzinha mais velha? Como ficará a cabecinha deles, daqui a alguns anos quando compreenderem o que realmente aconteceu?

Esse fato, por si só, já é uma tragédia.

Nenhum comentário: