Se existe um tema do qual jamais pensei que fosse tratar neste espaço, esse é o da pirataria. Não aquela que ficou famosa nos últimos anos, a pirataria tecnológica, de conteúdo ou de equipamentos. Essa aí até me passou vez ou outra pela cabeça escrever algo.
Eu falo é da pirataria armada, aquela que aterrorizou os mares por milhares de anos. Milhares sim, pois desde os primórdios da antiga Grécia (1300 A.C.), ou nos mares da China e Japão, que o problema existia. Pirataria que teve seu auge no século XVIII, e o Caribe como seu principal teatro. E que desde então foi definhando até se transformar em atividade restrita a alguns portos mal policiados (Santos é constantemente citado...) e algumas regiões do Extremo Oriente.
Pois não é que, de uma hora para outra, descobrimos que a costa da Somália transformou-se em região de intensa atividade de piratas. Dezenas, talvez centenas de navios já foram atacados na região. Semanas atrás, um barco ucraniano carregado de armas para o Quênia foi tomado. Agora foi a vez de um super-petroleiro saudita. Tudo isso aproveitando-se de um governo que na prática não existe, e da passividade (pelo menos até agora) das chamadas grandes potências.
Fico pensando se esse ressurgimento, com tal força, não é mais um subproduto da desastrada administração Bush. Afinal, a administração que está (felizmente) em seus estertores cometeu, dentre seus incontáveis erros mundo afora, equívocos cruciais ao tratar com aquela região. Tendo recebido do governo Clinton uma situação já calamitosa, com o poder na Somália dividido entre senhores da guerra, o governo Bush, sempre obcecado pela luta contra os extremistas islâmicos, deixou passar várias oportunidades de unificar e pacificar a região, apenas porque o poder passaria para um governo com alguma orientação islâmica, mesmo que moderada.
Pois é, os piratas estão de volta às manchetes, e não é por causa de nenhum longa da Disney...
Eu falo é da pirataria armada, aquela que aterrorizou os mares por milhares de anos. Milhares sim, pois desde os primórdios da antiga Grécia (1300 A.C.), ou nos mares da China e Japão, que o problema existia. Pirataria que teve seu auge no século XVIII, e o Caribe como seu principal teatro. E que desde então foi definhando até se transformar em atividade restrita a alguns portos mal policiados (Santos é constantemente citado...) e algumas regiões do Extremo Oriente.
Pois não é que, de uma hora para outra, descobrimos que a costa da Somália transformou-se em região de intensa atividade de piratas. Dezenas, talvez centenas de navios já foram atacados na região. Semanas atrás, um barco ucraniano carregado de armas para o Quênia foi tomado. Agora foi a vez de um super-petroleiro saudita. Tudo isso aproveitando-se de um governo que na prática não existe, e da passividade (pelo menos até agora) das chamadas grandes potências.
Fico pensando se esse ressurgimento, com tal força, não é mais um subproduto da desastrada administração Bush. Afinal, a administração que está (felizmente) em seus estertores cometeu, dentre seus incontáveis erros mundo afora, equívocos cruciais ao tratar com aquela região. Tendo recebido do governo Clinton uma situação já calamitosa, com o poder na Somália dividido entre senhores da guerra, o governo Bush, sempre obcecado pela luta contra os extremistas islâmicos, deixou passar várias oportunidades de unificar e pacificar a região, apenas porque o poder passaria para um governo com alguma orientação islâmica, mesmo que moderada.
Pois é, os piratas estão de volta às manchetes, e não é por causa de nenhum longa da Disney...
3 comentários:
Luiz,
Ontem no noticiario daqui foi falado que hoje 15 navios e um total de 250 marinheiros se encontram nas maos dos piratas, e devido ao preco das cargas dos pretroleiros que e bem provavel que esse numero venha a subir...
pretroleiros - petroleiros (supertankers)
Gwyn,
Ouvi em algum lugar que a quantidade de navios atacados nos últimos 3 ou 4 anos supera fácil uma centena.
Abração.
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