Proibir livros, qualquer que seja seu conteúdo, é uma ofensa à democracia. Além de ser uma idiotice sem tamanho, se o objetivo for barrar a difusão de ideias. Nunca funciona. Muito pelo contrário...
OK. Sei que algumas democracias sólidas (França, Áustria, Alemanha e Canadá, por exemplo) criminalizaram formas de difusão de "doutrinas do ódio", especialmente quando o alvo desse ódio são minorias. E o Brasil também tem uma legislação nesse sentido. Mas mesmo esse tipo de legislação é discutível quanto a sua eficácia e quanto à necessidade de sua existência. Pessoalmente, tenho minhas dúvidas.
Mas o que move este post é o movimento desencadeado em alguns setores religiosos ultra-conservadores americanos para banir um certo livro.
Qual? Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.
Quem leu o livro certamente já captou a suprema ironia. Mas para quem ainda não leu, uma pequena dica: um dos temas do livro é ... a proibição absoluta da posse de livros. Passado num futuro próximo em um mundo totalitário onde pensar é algo inútil e perigoso, e onde os bombeiros são os encarregados de caçar e queimar os livros, o livro é uma crítica feroz à sociedade americana da época de sua publicação (1953), onde o macartismo florescia.
Ou seja: Ironia pouca é bobagem...
P.S. Explicando um pouco melhor: os grupos religiosos pediram (e já conseguiram em alguns casos) a proibição do livro basicamente pela utilização de "linguagem inapropriada". Principalmente, "hell" e "damn", cujo uso poderia "afetar a mente das crianças".
Ou seja, tão de gozação... Só pode.
E com certeza, idiotice pouca também é bobagem...
Aliás, o vídeo abaixo é bastante elucidativo...
OK. Sei que algumas democracias sólidas (França, Áustria, Alemanha e Canadá, por exemplo) criminalizaram formas de difusão de "doutrinas do ódio", especialmente quando o alvo desse ódio são minorias. E o Brasil também tem uma legislação nesse sentido. Mas mesmo esse tipo de legislação é discutível quanto a sua eficácia e quanto à necessidade de sua existência. Pessoalmente, tenho minhas dúvidas.
Mas o que move este post é o movimento desencadeado em alguns setores religiosos ultra-conservadores americanos para banir um certo livro.
Qual? Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.
Quem leu o livro certamente já captou a suprema ironia. Mas para quem ainda não leu, uma pequena dica: um dos temas do livro é ... a proibição absoluta da posse de livros. Passado num futuro próximo em um mundo totalitário onde pensar é algo inútil e perigoso, e onde os bombeiros são os encarregados de caçar e queimar os livros, o livro é uma crítica feroz à sociedade americana da época de sua publicação (1953), onde o macartismo florescia.
Ou seja: Ironia pouca é bobagem...
P.S. Explicando um pouco melhor: os grupos religiosos pediram (e já conseguiram em alguns casos) a proibição do livro basicamente pela utilização de "linguagem inapropriada". Principalmente, "hell" e "damn", cujo uso poderia "afetar a mente das crianças".
Ou seja, tão de gozação... Só pode.
E com certeza, idiotice pouca também é bobagem...
Aliás, o vídeo abaixo é bastante elucidativo...
5 comentários:
Luiz,
Fale mais, esse assunto é bom. Qual é a justificativa desses grupos religiosos pra pedir o banimento do livro?
Bom, considerando o cômico argumento desses grupos religiosos, acredito que a Bíblia deveria ser o próximo alvo de banimento, não?
Luiz,
achei o assunto chocante. Tenho a idéia de que NENHUM livro deva sofrer alguma recriminação e ser proibido. Afinal, como você bem disse, estamos numa democracia, cujo cerne é a liberdade de escolha. Ou seja, vc opta se quer ou não ler. Se a igreja discorda com o enredo da obra, os partidários religiosos devem apenas negarem acordo, mas não obrigarem a proibição do livro.
Seria um sacrilégio; extorquir parte da cultura
abraço!
Daqui a pouco vão querer proibir meu blog tão santo...
Como é o nome dessa seita, "Bombeiros de Cristo"?
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