10 de fevereiro de 2009

A pressão cobra seu preço

Semana passada o Exército americano divulgou que um número recorde de seus soldados cometeu suicídio em 2008. Foram 128 mortes confirmadas e mais 15 outros casos prováveis sendo investigados.

Além disso, os Marines informaram que 41 fuzileiros também se suicidaram em 2008, contra 33 em 2007 e 25 em 2006.

Por si só, esses números já deixaram os responsáveis pelo assunto no Pentágono assustados. O pior, porém, pode ainda estar por chegar. Os números de Janeiro de 2009 são ainda mais assustadores.

No exército, já são 7 casos confirmados e 17 sob investigação. Se todos se confirmarem o número total será um novo recorde histórico, e seis vezes maior que o número de Janeiro de 2008.

Detalhe: no mesmo mês, as forças americanas perderam 16 soldados em combate no Iraque e no Afeganistão.

Pergunta: será que o nível de cobrança existente nas forças armadas (qualquer uma delas) está chegando em seu limite, e essas mortes são apenas o reflexo? Ou algo diferente pode estar ocorrendo?

P.S. Lembrei agora que a PM de São Paulo estava atravessando algo similar tempos atrás, e não deve ter melhorado...


2 comentários:

Marcelo disse...

Esse assunto é um prato cheio pra psicólogos e psicanalistas. Como larguei o curso no meio, vou ficar aqui de olho no fato e nos comentários do Ricardo Cabral.

Pax disse...

Numa provocação indigesta diria que o Rumsfeld é o Jim Jones dos Marines.

Tem passado um seriado chamado Generation Kill, na HBO. É bem interessante. Mostra um grupo de marines (acho que um esquadrão) em Humvees (aqueles jeeps com metralhadora em cima) entrando no Iraque.

Diversas vezes matam civis. Mas recebem ordens de "matar tudo que se mova". Ou seja, a culpa é de seus comandantes, a priori.

É uma parte da história desse post, pois acredito que esses números não são só de ex-combatentes mas também de gente que sofre pressão nos quartéis.

Enfim, triste.