Não deixa de ser curioso que o principal problema que os indicados por Barack Obama para fazer parte da nova equipe de governo americana tem enfrentado são dúvidas quanto a impostos. A velha e conhecida sonegação.
Primeiro foi o Secretário do Tesouro, Tim Geithner, cuja confirmação pelo Senado só aconteceu após uma sabatina pouco amistosa e bastante constrangedora, e na qual Tim foi obrigado a fazer um pedido de desculpas que beirou a humilhação. O foco era uma pretensa dívida de U$ 34 mil.
Ao mesmo tempo, o ex-senador Tim Daschle, indicado para a Secretaria da Saúde, e Nancy Killefer, indicada para ser a responsável pelo setor que supervisiona os gastos públicos, vinham enfrentando problemas. Ambos pediram ontem que suas indicações fossem retiradas.
Daschle, um dos políticos mais chegados à Obama, enfrentava acusações por ter usado, sem notificação e consequente recolhimento de impostos, motoristas e veículos de fornecidos por um amigo. Valor da dívida: US$ 128 mil. Daschle vinha alegando que foi um erro inadvertido, mas a pressão cresceu e ele resolveu não prosseguir.
Já Killefer enfrentava acusações de não recolhimento de impostos retidos de uma empregada doméstica. Para alguém que ia desempenhar uma função fundamentalmente de controle da adequada execução do dinheiro público, o constrangimento ficou evidente e ela desistiu.
Visivelmente constrangido, Obama pediu desculpas e reconheceu os erros. Mas os fatos só jogaram lenha na fogueira dos que desconfiam da pregação por mudança ética feita pela nova administração.
Pra terminar, eu imagino o Anselmo Góis falando do assunto: Deve ser horrível viver num país onde os homens públicos sonegam impostos...
Primeiro foi o Secretário do Tesouro, Tim Geithner, cuja confirmação pelo Senado só aconteceu após uma sabatina pouco amistosa e bastante constrangedora, e na qual Tim foi obrigado a fazer um pedido de desculpas que beirou a humilhação. O foco era uma pretensa dívida de U$ 34 mil.
Ao mesmo tempo, o ex-senador Tim Daschle, indicado para a Secretaria da Saúde, e Nancy Killefer, indicada para ser a responsável pelo setor que supervisiona os gastos públicos, vinham enfrentando problemas. Ambos pediram ontem que suas indicações fossem retiradas.
Daschle, um dos políticos mais chegados à Obama, enfrentava acusações por ter usado, sem notificação e consequente recolhimento de impostos, motoristas e veículos de fornecidos por um amigo. Valor da dívida: US$ 128 mil. Daschle vinha alegando que foi um erro inadvertido, mas a pressão cresceu e ele resolveu não prosseguir.
Já Killefer enfrentava acusações de não recolhimento de impostos retidos de uma empregada doméstica. Para alguém que ia desempenhar uma função fundamentalmente de controle da adequada execução do dinheiro público, o constrangimento ficou evidente e ela desistiu.
Visivelmente constrangido, Obama pediu desculpas e reconheceu os erros. Mas os fatos só jogaram lenha na fogueira dos que desconfiam da pregação por mudança ética feita pela nova administração.
Pra terminar, eu imagino o Anselmo Góis falando do assunto: Deve ser horrível viver num país onde os homens públicos sonegam impostos...
7 comentários:
Luiz,
Pois eu vejo esses acontecimentos de forma muito positiva. Os citados nem mesmo tomaram posse, por conta das revelações de suas "pisadas na bola".
Ora, cá no Brasil, quantos não são os envolvidos em coisas até piores que possuem cargos na administração federal?
Ok Obama, desculpas aceitas. Mas continue nesse caminho, que parece bom.
Darw,
Faltou (e o Obama reconheceu) mais cuidado na hora de verificar os escolhidos antes de formalizar a indicação. Especialmente quando se sabe que os comitês do Senado americano são bem rigorosos nos levantamentos. E principalmente quando uma das bandeiras do novo governo é o restabelecimento pleno da ética e da moralidade.
É excelente que as coisas tenham aparecido bem no processo de indicação. Diminui a chance de posteriores manobras dos republicanos para obstruir as mudanças.
E no caso do Brasil, a discussão é longa e os culpados muitos, inclusive nós, os eleitores/contribuintes.
Tem um lado positivo e um negativo, na minha opinião.
Positivo: não está deixando barato, qualquer problema tem resolvido de batepronto.
Negativo: o que o Luiz falou acima, no comentário, deveria ter tido mais cuidado. É ruim sim, logo no início ter esses problemas.
Agora tem um terceiro, talvez maior. McCain acaba de enviar e-mail para todos senadores republicanos para não votarem no novo pacote. Se não sair, Obama terá sua primeira derrota no Senado e o problemaço da crise agravado.
Vejamos os próximos capítulos.
Bem, o Darwin já tinha falado do positivo, então meu comentário é meio desnecessário. Paciência.
Que absurdo, quase secretários (ministros) sonegando fortunas do Imposto de Renda.
Vejam a diferença: duvido que Sarney e Temer tenham cometido uma indignidade dessas.
Só um adendo:
como eles necessitam de sonegação dos impostos para viver, hein? Caso não o fizessem, estariam jogados na sarjeta da pobreza
Off topic (desculpa).
Bom Luiz,
você já viu isso?
http://www.adorocinema.com/filmes/mundo-novo/mundo-novo.asp
Cara, entrou na minha lista dos melhores, vi antes de ontem.
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