Apesar de tocarmos no assunto só de vez em quando, continuamos de olho nas transformações que vem ocorrendo "naquela" ilha do Caribe.
A mais recente é a mexida que o presidente Raúl Castro fez em postos-chave do governo cubano. Diversos dirigentes intimamente identificados com El Comandante perderam espaço, e foram substituídos por figuras mais próximas ao atual presidente.
Esse foi o movimento mais significativo de uma tendência que já vinha se solidificando desde meados do ano passado, em que dirigentes com carreiras mais identificadas com Raúl, e com posições "reformistas", vinham ganhando espaço frente aos defensores das posturas mais "ortodoxas" e ligados à velha-guarda do regime.
Mudanças políticas ou econômicas no horizonte mais próximo? Difícil dizer, mas o terreno está sendo preparado para o congresso do PC Cubano, que ocorrerá no segundo semestre deste ano. Ali é onde podem (e devem) ser anunciadas medidas de maior impacto. Aliás, como já havíamos previsto aqui.
Bem que o governo Obama podia dar uma mãozinha, desanuviando um pouco as relações com a ilha...
A mais recente é a mexida que o presidente Raúl Castro fez em postos-chave do governo cubano. Diversos dirigentes intimamente identificados com El Comandante perderam espaço, e foram substituídos por figuras mais próximas ao atual presidente.
Esse foi o movimento mais significativo de uma tendência que já vinha se solidificando desde meados do ano passado, em que dirigentes com carreiras mais identificadas com Raúl, e com posições "reformistas", vinham ganhando espaço frente aos defensores das posturas mais "ortodoxas" e ligados à velha-guarda do regime.
Mudanças políticas ou econômicas no horizonte mais próximo? Difícil dizer, mas o terreno está sendo preparado para o congresso do PC Cubano, que ocorrerá no segundo semestre deste ano. Ali é onde podem (e devem) ser anunciadas medidas de maior impacto. Aliás, como já havíamos previsto aqui.
Bem que o governo Obama podia dar uma mãozinha, desanuviando um pouco as relações com a ilha...
6 comentários:
Minha expectativa é boa sim.
De um lado um processo de abertura do lado da ditadura - sim, é uma ditadura. E de outro um processo de abertura de uma estupidez democrática anacrônica, dos EUA.
Tomara que Obama e Raul apertem as mãos o mais cedo possível.
É minha torcida.
Sim, Pax.
Apesar de todos os matizamentos e atenuantes históricos, é uma ditadura, sem dúvida.
Acompanho regularmente o processo até pela esperança de poder ver Cuba se transformar em uma total democracia sem precisar se render aos tubarões.
Pois, sim, eles existem, e como... A atual crise está tendo seu lado didático quanto a isso.
Luiz,
há tempo tenho sou afeiçoado a esta opinião de que Obama poderia contribuir. Como você bem disse na feliz colocação, quem sabe assim essa menina aclarasse os horizontee; indubitavelmente as coisas tornar-se-iam mais fáceis.
Grande abraço
Me parece certos trechos do livro '1984'.Antigos camaradas do partido sendo retirados de cena, sem dó ou consideração. Não bastando, são achicalhados, humilhados e terão seus nomes apagados da história. Textos antigos serão reescritos, fotos manipuladas e os outrora 'cabeças' do regime passarão à 'impessoas'.
Torçamos para que as reformas de Raul Castro sejam em direção a alguma abertura, e bem que Obama poderia dar, sim, uma ajudazinha, mesmo que isso siginfique dar uma banana para a hidrofobia anti-castrista.
Se o processo pode ser parecido com alguma coisa de "1984" ou de "O Zero e o Infinito", isso talvez seja às estruturas internas do esquema de partido único, onipresente no dia-a-dia da sociedade.
Mas existe um risco para ele e esse vem de um episódio real e recente: Gorbachev, que não manteve sob controle suas reformas de um regime ditatorial e de uma economia emperrada, e se transformou no reformador que seus inimigos queriam.
Estamos atentos e esperançosos.
"... talvez seja devido às estruturas ...".
Corrijo o trecho do comentário, mas a pretensão de abordar um negócio disgramado de complexo desses em um parágrafo, isso não.
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